domingo, 26 de julho de 2009

Lágrima misteriosa

Lágrima... Tão límpida que é! Vem ver....
Impossível de contar algo sentido....
Sensibilidade de ver uma transformação,
Que um ser humano desce do Paraíso...

Descanso a parte do romper das lágrimas...
Nem um sussurro... nem tão pouco silêncio...
Rebate a sensação! Vem saborear....
Enumerar os conhecimentos da vida....

Articular em sintonia com elas,
Não passará de ser um ser de exaustão,
Que igualara a intuição do outro....

Baila de parar o que dói pelo sorriso!
Para não ultrapassar a barreira do exterior,
Pelo interior de pesar de afecto!

Catherina


N.B. Dedicado ao poema «Noite de Chuva» de Florbela Espanca.

sábado, 18 de julho de 2009

O AMOR DE ÓDIO

Odeio-te, mas odeio mais a
Mim mesma por acreditar em ti.
Embelezas o teu amor para nada,
Conquistas-me com pequenas coisas,
Como saber o ciclo da minha vida,
Examinas bem o meu espírito
E sabes o que ele contém.
Só sabes se uma pessoa te ama,
Nas pequenas coisas, e demonstras
Teus sentimentos em minúsculos detalhes.
Odeio-me, por pensar que tuas palavras
São verdadeiras, mas não são totalmente.
Reparo mais para ter a certeza
Da minha certeza, e nestes momentos
Só quero fugir de ti, para sempre.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de) sabores - Já nasceu!

NUNCA PARES

Uma onda de música
Navega entre as planícies,
Sem nenhum muro pela frente.

Ninguém a impede de fazer
Absolutamente nada,
Mas ela tem os seus riscos.

Voa soneto melodioso,
Não te prendas a nada,
Vive tudo como se fosse gota.

Percorre o mundo mil vezes,
Ama o ar, e esquece tudo
O resto; sê feliz.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de) sabores - Já nasceu!

SENTIMENTOS

Uma lágrima que rola
Na face, pode conter tudo
E nada em simultâneo.
Os lábios tendem a ser
Doces, e jamais se esquece
O beijo de quem ama.
Tal como a lágrima
Que diz tudo.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de) sabores - Já nasceu!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mundano sentir....

Profana, profanação, lágrimas que escorrem
Na escuridão de sonhos e angustias
Dilaceradas na lâmina de minha alma
Perdida no tempo...

Tempo esse dum século que desconhece
O meu ser imaculado, e eis que arrebate
Com doces utopias na forma dum símbolo
Que possa gravar as linhas do desígnio...

Síndrome de um piano que lamenta
Nas notas musicais amores que se vão,
Nos corações sub humanos
De um sub mundo perdido na queda
De um pássaro de aço que não bate asas, nem palmas
Só mergulha em um oceano sem fim,
Sem retorno, sem nada...

Vestígios de algo incolor que teima
Em nascer dentro duma flor
Adormecida pela beleza natural.
E que inunda o mundo de coisas
Exactas inalteráveis de sensações.

Miopia de uma sangrenta paixão
Derramada na ferida aberta,
Na cruz esculpidas de nossos dias,
De nossas horas, de nossos foras
De nossas despedidas...

Cruel imagem de vida, ou simplesmente
Caminho turbulento de tempestades
De areia e de chuva, sem esquecer
O pomposo senhor vento.
E tudo rapta o ar de respirar....

Circunstâncias de uma transubstanciação
Elevada na divindade de um amor
Amargurado na espera que não
Tem fim, nem meio...

Nem princípio...
Que eleva a condição do coração
No seu bater de sangue.
Assim perde-se a mágoa pelo afecto.

Tristeza tragada de um dia após o outro,
De passos dados, de pegadas deixada
Nas areias sem fé,
De um momento sufocante
Onde o amor um dia reinará
Haja o que houver...

Paixão cortante de vasos sanguíneos
De ciúmes e de carinho.
Onde tudo começa e termina
Num complexo soar de afeição.

Amo-te e esqueço-te
Nas penas da minha almofada,
Onde recordo os momentos
E sinto a aflição da minha consistência....

Mesmo sem ter você por perto!!!
Junto de mim no momento.....

Dueto de Walter Cintra e Catherina

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Qualquer coisa alguma

Qualquer coisa, assim será
No teu bater no coração
De deixar de ficar repleto
De imaginação...

Será que perdeste alguma coisa?
Ou simplesmente a mente
Busca a ressalva do coração?

Caso de facto real é o índice
Da coisa alguma, ou assim mesmo
No nevoeiro da razão
Que reparte o seu ser...

Catherina