sexta-feira, 24 de abril de 2009

Perder... em ti!

Ver o luar da noite
A brilhar no teu olhar
Que me reflecte a doce
Harmonia de sentir
O que sinto por ti...

Vamos embarcar
A noite de luar
Quero te perder em mim
E nunca te deixar....

Jamais deixes a lua
Descer do céu
E se perder no banho
Do sol quente da terra...

Anda comigo descobrir
O elo de nós os dois
Perdido nas brumas
Do eterno amor....

Quero percorrer o caminho
Que nos entorta a mágoa
Da dor, que enche o meu coração
Mas que vais fazer brilhar...

Catherina

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Amor...

Amor, perdido deserto
Da paixão ardente do desejo....
Amor ente e eis excerto
De emoção vindo o eco do Tejo....

Adormeces no meu colo
Repleto de doce na eterna
Frescura do carinho do coração....

Amor.... Amor, plenitude
De sentir a dor do bater
Do ser e nada transforma
Em ti, o vigor da alucinação....

Sentir.... Ir.... Buscar....
Como ter? Se simplesmente
Te tenho aqui! No anseio
Do sabor do teu beijo
Nos lábios terrenos....

Não divisão existe entre nós....
Almas, espíritos gémeos
De união celeste, que fica
Em nós seres apaixonados....

Catherina

13

Treze
Doce... dia
Embala-te
Perdido em ti mesmo.

Voar
Estalar
Romper
Morder
Eis o dia a chegar
Da escada tombada
E do gato preto...

Desgraça nunca requerida
Na amargura do psíquico

Tim tim
Azar doce relento
Do olhar

Nada reverte para
O pesar do solar.

Foi
Acabou
Finalizou

Para o próximo mês
Haverá igual...
Reflectem a tristeza novamente...

Pom...
Treze
És tu
Igual a ti
Somente!

Catherina

É... o que é!

Doce luz da margem ardente
Ardente da alma de luzes...
Rebate o elo perdido
Da terra perdida de si....
Queima o que não se vê
Vê-se quem se fogosa....

Ar... de fôlego
Fogo... de aquecimento
Terra... de espaço

Falta o essêncial
A vida da......

Catherina

sábado, 18 de abril de 2009

Vinho Rosal

Doce de uva adormeceu-te
Empobrecendo a esfera
Do inculto, e numa pintura
Esboçaste um bafejo
Colorido marcando
A união que anseias
Para a floração da rosa....

Catherina

Na Escuridão da Noite

Bate o vento entre as folhas
Como se ilhas elas fossem,
Perdendo a estalagem do rumo e adormecendo
Ao deslumbre do dendo, que enrosca o visitante…

Sons da floresta embalam
O novo bebé e fulminam com doçuras
Àquele ser, outroras pertencente ao lugar…

Mimos encantam a fauna, que buscam
Eternizar a noite e furam pela flora
Na descoberta da tora para o imortalizar…

Aventura desafortunada pela perda
Da luz da lua lerda, que dera posição
Ao sol… Insatisfação seria assim plena…

O visitante não encontra a meiguice
Do seu sonho, mas plenguice seria pensar
Que tinha havido zelar por aquele paraíso…

Assim seria mais uma noite
Em que nada de açoite marcaria
O visitante que iria na comoção
Da escuridão da noite…

Catherina

Re:......noites.......

Sombra
Lugar místico do oculto,
Lugar da fantasia do sonho
Onde se perde o norte
Da utopia....
Vidas de delícia das
... emoções...
Sombra
Perdição da culpa
Que enche um estado
Único de afirmação.
Ontem foi...
A separação de mim próprio
Vendo cada forma
Como um espelho inato
....do sensato humano
....do imaculado leviano.
Sombra
Da escura malícia de dor
Perdida no seu espaço...
Recusando a estima.
Sombra
Atmosfera da noite penumbra
Da ilusão da ternura.
Frágil no ambiente em mim
Que me reparte em pedaços
Que se escondem...
...Do meu ser...
Sombra
Névoa traiçoeira
... me perde...
... me isola...
... me rebate...
Que em vão...
Me faz sombra na noite....

Catherina

P.S. Homenagem ao poema «.....noites.....» de Gothicum

Re: Num novo ano, uma velha dor

Cada momento de passagem,
Vem à baila a dor
Perdida encrostada no coração...

O deslumbre da visão última
Consola a esperança do futuro,
Que está ausente permanentemente.

Nada é certo, senão o teu
Sentimento que marca a divisão
Do ano velho para o novo.

Aqui fica o belo enferrujado
Que estremece pelas tuas veias,
Bombeando a saudade dela.....

Catherina

P.S. Homenagem ao poema «Num novo ano, uma velha dor» de Giraldoff

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Colimar

O que importa é o que se passa na vida
Mas você se esquece da própria vida
E o que será ela mesma??

O que importa não é o que você tem na vida
mas quem você tem na vida...
o hoje, o amanhã, o nunca!!!

O que importa é a palavra que está sempre lá
Mas você não a ouve mesmo no paraíso
E tudo passa como o vento....

O que importa não é o que você deixou para traz
mas quem você deixou para traz...
o amor, a desilusão, o dia seguinte!!!

O que importa é sentir o conforto
Mas você desconhece quem o ajuda
E não à volta a dar a quem não quer!!!

O que importa não é que você buscou,
mas quem você buscou...
a alegria, a conquista, a eternidade!!!

O que importa é o nosso caminho
Mas você não procura o trilho
Do Nosso Senhor, seja ele qualquer......

Dueto de Catherina e Walter Cintra

P.S. Atenção, este poema é escrito em português do Brasil e de Portugal, de acordo com os poetas.
Nada é alterado da percepção de cada poeta.

sábado, 11 de abril de 2009

Dream

Pedro, Pedrito
Emoção na flor
Do coração a
Rodar na busca
Oculta do amor....

Não percas a esperança
Que te baila a vida
Crua e nua de eco...
O doce sabor está
Em ti que desesperas ter,
Mas escondido do teu olhar
Que não te acalma na busca....

Catherina

Para ti....

Breves sopros de vida
De imensa paixão de sangue
Ardente que me deste sem saber...

Desculpa por não te querer,
Algo confuso dentro de mim
Impede de sonhar o mar...

Não quero que me esqueças
Com amargura de dor,
E sim dar a Deus o guião
Dos nossos caminhos...

Observo que serei uma folha
Para ti, da tua vida...
Perdoa-me por esta mágoa
Por não lutar pela felicidade...

Catherina

Vinte e um.....

Um dia de nascer
Numa tarde solerenta
Acabada de mergulhar
Na cristalina água.

Assim se constata
A dureza da realidade
Feita de armadura hastata,
Sem ter a doce vivacidade.

Dia novo de compaixão
Anunciado por um abanão
Duradoiro por uma crença,
Que iria ser guerra tença.

Momento solene de alma
Anunciada estima de espírito,
Sem atrito de estremo imperito,
Mas capaz rito de formosa palma.

Adormece a lua
Enevoada pelas estrelas
Cintilantes e eis que termina
O dia da floresta escrita……

Catherina

sábado, 4 de abril de 2009

Regra

Regras musas da
Estrada estendida da
Pluma da margem
Do elo perdido.

Eis a causa
De tanta admiração
E rompe a estátua
De pedra envolvente.

Nada é complemento
Da união obscura
Da certeza da alma…

Vem cá dura
Ambição de estalar
A vida cósmica
De nada entender…

Catherina

P.S. poema inserido no livro Maço de Poemas: WAF 2008 (20 poemas de 20 poetas)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Conjectura

Meu Amor, porquê o amor te invade
Na pleura da contingência do meu bater?

Busco por ti nas outras pessoas,
Nada espelha a tua áurea de sentir....

Recolho a um canto de escuridão
Dão-me a certeza de ser inútil
Sem partir a moeda de comunicação.

Carácter aonde ir??
Em mim? Em ti? Nos filhos
Que não aparecem.....

Falha.... que me envolve no silêncio
Que me ofusca a luz do meu caminho...
Sim meu! Porque não o queres tu....
Nem individualidade consegue percorrer
O passeio que me destino andar....

Catherina