domingo, 6 de dezembro de 2009

Vic

Vamos descobrir o
Ídolo que busca
Trilho num caminho
Obscuro numa profissão
Rude de regras.

Valente na sua posição
Imaculada na obtenção
Cristalina de um futuro
E condições para os colegas
Numa óptica optimista
Transformando-na real
E glorificar o trajecto da Ordem...

Catherina

Alternativa de Futuro

Alta homenagem de se
Ter na imagem duma
Nação, que baila na
Tigela do coração
Vazio duma esperança...

De certeza que é?

Fujam do não negativo, e
Tudo perdido, mas pelo contrário
Romântico na força de lutar.

Catherina

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Poems are...

Poems are so beautiful
And hard to let go the soul
With the letters…

With one word
We can do all world
In a paper that transform
The readers’ universe.

Our soul is like an ocean
Dancing the boat that are
Your readers…

Never forget that we all
Are poets, even only one
That read the letters,
Because poetry is spirit…

Catherina

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A vida com erros

Nada é perfeito,
Senão o imperfeito
Goza de saúde
Deixando de ser alude....

Nada é o que é,
Se não é o evidente é,
Então não é mais do que é,
Na certeza de não ser o é.

Assim sendo, a luta
Desbrava a alma do ser,
Que não deve ser astuta
De sonhos perder...

Catherina

N.B. Dedicado a Arménio Bernardes Pereira

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Luz sombra

Um dia...

Uma noite...

Um suspiro que me inquieta

Na bruma da almofada...


Uma noite...

Um dia...

De tanto desejo que

Se deixa virar fumaça...


Um dia,

Duma noite...

Repleta de coragem de frio

Esquecida no seu sangue...


Uma noite,

Dum dia...

Assim se fez o que não se fez

O que estaria por ser feito certamente...


Catherina

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Affection fully

Never again is the meaning
Of the pain on the heart,
That don’t want to suffered
One more time in his life.

Live is a strength of the air
Deep the sky of the soul…

In no way for loving,
The heart will replace
By the stone of the ocean…

Be aware to be alive
In this world, that isn’t
More that a planet alone…

Catherina

sábado, 29 de agosto de 2009

Talha Marinha

Pequena rosa
Do coração partido,
Que busca o seu jardim
Para se plantar no amor.

Orla de planície Dior
Sem deixar se ser assim
No seu paraíso tido
De demais nebulosa.....

Catherina

N.B. Dedicado a uma amiga, Marta, pelo aniversário do seu Blog http://amartaeeu.blogspot.com

sábado, 15 de agosto de 2009

Depois da montanha

Depois da montanha
Ondas caminhantes da selva
Dentro de um monge e na berma
Abstracta do ser humano,
Sempre o rei
Que insiste ser rei onde
Nada há que se respire e só
Existe o rei leão...
Esquálido, rugido, deserto

Depois da montanha
Sim ou não, quem sabe
Os esgares entre-muros
O que determina o
Ardor solitário da fome
Ambíguo estalar
Uniforme, neste tempo sem tempo
Do absurdo pomposo?
Do silêncio perturbado?

Depois da montanha
Quem sabe porque a
Calmaria reside
No fundo dos lagos de cadáveres?
Para a ponderação do
Equilíbrio do mundo, o sabor do
Raciocínio que se deixa ir...
Um nada, ao lado de apenas ser

Dueto de Catherina e Carlos César Pacheco (um dos blog's do Carlos http://poesiaminimalista.blogspot.com)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ser misterioso de luz

Corpo de alma,
Emotivo pelos
Seres amantes
Ausentes por si mesmo,
Reunidos no seu coração.

Mudança de ares
Imaculado de prazer
Gelado no seu âmbito
Único, que constrói uma
Encriptação de sensações
Luminadas do seu próprio ser.

Catherina

N. B. Poema dedicado ao meu Amigo César.

Amparo imortal na elipse

Um olhar perdido
Na palma do vazio,
Não reflecte o que anseia,
Só o seu oposto.

Um suspiro ausente
Mostra a plenitude
Do eterno enchente
Do pulsar da vida...

Uma lágrima sentida
Não é por não ter,
Mas por perder
O que aparentemente se tinha....

Um beijo é o retorno
De algo frágil, que existe
Numa palma de mão,
E com ela tudo nasce,
Até a amizade....

Catherina

N.B. Dedicado ao meu Amigo César.

sábado, 1 de agosto de 2009

Pétalas no corpo

Pétalas... escuras.... coloridas
Num berço do mundo onde
Acontece a união...

Igual ou parecido, o que sou?

O que importa é a jornada
Que me direcciona a ser única
E assim o é para marcar
O universo por si mesmo.

Catherina

Amor e Paixão

Amor.... O que é o Amor?
Senão uma palavra que todo
O ser humano usa ao seu gosto
Numa elipse de água,
Que marca o fim de sentir
O vazio da inutilidade
Da mentira global....

Paixão... A ilusão de que
Tudo pode ser conseguido
Num passo de mágica,
E deixar inundar a frescura
Que nos marca no coração
Sem deixar o poderoso
Fogo arder sem madeira....

Catherina

domingo, 26 de julho de 2009

Lágrima misteriosa

Lágrima... Tão límpida que é! Vem ver....
Impossível de contar algo sentido....
Sensibilidade de ver uma transformação,
Que um ser humano desce do Paraíso...

Descanso a parte do romper das lágrimas...
Nem um sussurro... nem tão pouco silêncio...
Rebate a sensação! Vem saborear....
Enumerar os conhecimentos da vida....

Articular em sintonia com elas,
Não passará de ser um ser de exaustão,
Que igualara a intuição do outro....

Baila de parar o que dói pelo sorriso!
Para não ultrapassar a barreira do exterior,
Pelo interior de pesar de afecto!

Catherina


N.B. Dedicado ao poema «Noite de Chuva» de Florbela Espanca.

sábado, 18 de julho de 2009

O AMOR DE ÓDIO

Odeio-te, mas odeio mais a
Mim mesma por acreditar em ti.
Embelezas o teu amor para nada,
Conquistas-me com pequenas coisas,
Como saber o ciclo da minha vida,
Examinas bem o meu espírito
E sabes o que ele contém.
Só sabes se uma pessoa te ama,
Nas pequenas coisas, e demonstras
Teus sentimentos em minúsculos detalhes.
Odeio-me, por pensar que tuas palavras
São verdadeiras, mas não são totalmente.
Reparo mais para ter a certeza
Da minha certeza, e nestes momentos
Só quero fugir de ti, para sempre.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de) sabores - Já nasceu!

NUNCA PARES

Uma onda de música
Navega entre as planícies,
Sem nenhum muro pela frente.

Ninguém a impede de fazer
Absolutamente nada,
Mas ela tem os seus riscos.

Voa soneto melodioso,
Não te prendas a nada,
Vive tudo como se fosse gota.

Percorre o mundo mil vezes,
Ama o ar, e esquece tudo
O resto; sê feliz.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de) sabores - Já nasceu!

SENTIMENTOS

Uma lágrima que rola
Na face, pode conter tudo
E nada em simultâneo.
Os lábios tendem a ser
Doces, e jamais se esquece
O beijo de quem ama.
Tal como a lágrima
Que diz tudo.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de) sabores - Já nasceu!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mundano sentir....

Profana, profanação, lágrimas que escorrem
Na escuridão de sonhos e angustias
Dilaceradas na lâmina de minha alma
Perdida no tempo...

Tempo esse dum século que desconhece
O meu ser imaculado, e eis que arrebate
Com doces utopias na forma dum símbolo
Que possa gravar as linhas do desígnio...

Síndrome de um piano que lamenta
Nas notas musicais amores que se vão,
Nos corações sub humanos
De um sub mundo perdido na queda
De um pássaro de aço que não bate asas, nem palmas
Só mergulha em um oceano sem fim,
Sem retorno, sem nada...

Vestígios de algo incolor que teima
Em nascer dentro duma flor
Adormecida pela beleza natural.
E que inunda o mundo de coisas
Exactas inalteráveis de sensações.

Miopia de uma sangrenta paixão
Derramada na ferida aberta,
Na cruz esculpidas de nossos dias,
De nossas horas, de nossos foras
De nossas despedidas...

Cruel imagem de vida, ou simplesmente
Caminho turbulento de tempestades
De areia e de chuva, sem esquecer
O pomposo senhor vento.
E tudo rapta o ar de respirar....

Circunstâncias de uma transubstanciação
Elevada na divindade de um amor
Amargurado na espera que não
Tem fim, nem meio...

Nem princípio...
Que eleva a condição do coração
No seu bater de sangue.
Assim perde-se a mágoa pelo afecto.

Tristeza tragada de um dia após o outro,
De passos dados, de pegadas deixada
Nas areias sem fé,
De um momento sufocante
Onde o amor um dia reinará
Haja o que houver...

Paixão cortante de vasos sanguíneos
De ciúmes e de carinho.
Onde tudo começa e termina
Num complexo soar de afeição.

Amo-te e esqueço-te
Nas penas da minha almofada,
Onde recordo os momentos
E sinto a aflição da minha consistência....

Mesmo sem ter você por perto!!!
Junto de mim no momento.....

Dueto de Walter Cintra e Catherina

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Qualquer coisa alguma

Qualquer coisa, assim será
No teu bater no coração
De deixar de ficar repleto
De imaginação...

Será que perdeste alguma coisa?
Ou simplesmente a mente
Busca a ressalva do coração?

Caso de facto real é o índice
Da coisa alguma, ou assim mesmo
No nevoeiro da razão
Que reparte o seu ser...

Catherina

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Anjos Perdidos

Caminho levianamente por esta estrada solitária
À deriva entre desejos e esperanças
Pensando onde estás
Meu eterno anjo

Ternurento anjo do meu coração
Jamais à frente dos meus olhos,
Eternamente no fundo da minha alma
No caminho morto desta vida.

Sonhei com um Mundo de cor
Quando as cores eram apenas sombras
Nós juntos como um só
O nosso céu sob as estrelas

O singular branco das estrelas
És tu, meu doce Amor.

Mas continuo longe de ti
Deambulando nas brumas do desejo
Aguardando um vislumbre do meu ser
O renascimento da minha felicidade

Tu estás distante de mim
E nem o arco-íris traz
Te para junto de mim...

Espero que tenhas encontrado uma outra via
Mais próxima do que fantasiei
Onde os nossos corações batem em uníssono
Palmilhando o mesmo caminho

Meu desejo é tu estares
Nos meus doces sonhos até
Tua presença tornara verdade
Na real vida da paixão....

Dueto de João Manso (Jopeman) e Catherina

N.B. É um reflexo do poema Lost Angels. Não se considera uma tradução.

sábado, 6 de junho de 2009

Lost Angels

I jaywalk in this lonely road
Drifting through wishes and hopes
Wondering where you are
My undying angel

Lovely angel of my heart
Never in front of my eyes,
Always in my deep soul
On the death of this life’s way.

So I’ve dreamed in color
When colors were shadows
Us together as one
Our heaven beneath the stars

The only white of the stars
Is you my dear Love.


But I’m still far from you
Roaming on foggy desires
Expecting a clinch on my being
The rebirth of my bliss

You are away of myself
And no rainbow brings
You to near me…

I hope you had found other patch
Nearer to my fantasy
Where our hearts beat jointly
For one only bloodstream

My desire is that you stay in
My sweet dreams till your
Presence came true in
The real life of passion….


Dueto de João Manso (Jopeman) e Catherina

Censor....

Perder-te.....
Achar-te....
No imenso coração
Que bombeia o sangue
De te ter em mim...

Eu....
Viver....
Batida.... do sentido
Perdido no encontro.

Quem....
Tu....
Sim e não senão....

Coração partido
Ao meio da vida,
No sossego do silêncio
Do acolhimento do lar...

Catherina

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Símbolo

Doce nascimento de linha sanguínea
Sem deixar a marca do braço marcante
Da areia que se planta no pedestal.

Séculos e secular anterior revive
Almas pedintes do desejado sonho
Esquecido no mapa do pensamento.

Clamar “victória” do esplendor
Que é negado a sua presença
Nas ternuras planícies do planalto.

Mar mareado por sua vontade
Sossega no fundo do mar,
Deixando as gentes se dominarem....

Catherina

sábado, 16 de maio de 2009

Volta e retorno

Palavras de uma ditadura
Que embala na embarca
Do lume das frases.... de pedra

Relance de esquema de
Deixar a mente confusa
Da tarde da alma....

Ama a lama
Da alma que lança
A dama perdida onça...

Estratégia planeada
Com o sol raiado
De se ter....

Quente da vontade recuperada
Do interior penetrante que
Fica imóvel na corrente....

Catherina

segunda-feira, 11 de maio de 2009

EM FRENTE QUE É O CAMINHO

A vida é algo
Doce como o vinho
E amago como
O doce envenenado.

Não entornes a maçã,
Que rola pela estrada
Directamente, para a
Ponta da dita morada.

Ouve a voz da razão
E não olhes para o pavão.
Senão estragas tudo
O que jamais quiseste.

Caminha em frente
Observando o passado,
Sonhando com o futuro
E preservando o presente.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

PORTO À VISTA

Num mar de incertezas,
A vista de terra
É um paraíso
Caidinho do céu.

Mas mesmo assim,
O mar cheio de perigos
Atormenta a frágil
Embarcação à deriva.

Em pequenos precalços
Vai avançando
Com pezinhos de lã
Com medo de franja.

Contudo se chegar
À margem, poderá
Ter a ilusão
Da boa miragem.

Então o bom, seguro
Porto não passará
De uma mágoa
Que o mar transporta.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho em 2009

LÁGRIMA DE CHUVA

Uma lágrima a escorrer
Duma face lisinha
É igual a uma
Gota da chuva
A deslizar duma janela.

Ambas são iguais,
Mas tão diferentes,
Pois o seu conteúdo
Consiste em algo.

A fonte indirectamente
É a mesma, se
Pensar na natureza.

Elas rolam para o chão,
Quando a nascente
Abre as comportas.

Catherina




N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

ARAGEM

Brisa “afogante”,
Delicada conversa,
Gaguejando no
Meu pescoço.

Penetração na pele,
Invisível sem se ver.

As tuas músicas
Diferentes me encantam,
O sossego se estala,
E por fim a paz se isola.

Eternamente deliciosa
Apareces no bom momento,
Reponsando no coração
Desejando descansar.

Paragem perfeita,
Todavia incapaz de ficar,
Somente no tacto
E na breve respiração.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

A DESILUSÃO

Estava a ler uma folha
E apercebi-me
Que tinha saltado a rolha,
No mesmo momento
O véu caíu-me.

Paixão e Amor
São tão destintos,
Que a minha dor
Se tornou em vinhos tintos.

O que descobri
Nada vale a pena,
Pois o meu lago está cheio
Das minhas tristezas
E da minha dor.

Será que confundi
Dois sentimentos
Que nada têm a ver?
Pensava que ter
Era o mesmo que sonhar,
Por fim, fui apanhar
A minha amarga ilusão.

No início poderá
Ter sido forte,
Contudo o tempo passará
E a imaginação ficará.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

AMA-ME AMOR!

Eu quero te amar
Até ao fim de tudo,
Sem me atrever pensar
Viver sem ti, adorado.

Cada dia que passa,
O meu amor vai aumentando
E sem saber, já sou tua,
Todavia não me interpretes mal.

Começo a sentir lua
Para te admirar,
Mas com medo de te perder
Com o dia a nascer.

Sê meu amor para sempre
Não quero te perder,
Pois sem saber, já
Estou apaixonada por ti.

Meu amor, volta para junto de
Mim, sem olhares para ninguém.
E ama-me como me dizes,
Com as tuas doces palavras.

Ama-me, só te peço
Isto, pois o meu coração
Já é teu, mas com receios.
Ama-me e deixa-me
Amar-te, meu amor.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

BATALHA MAREAL

Fui a uma nova praia
Deslumbrar a sua imensidão,
No princípio até a saia
Bailava ao som do cordão.

Mas depois verifiquei a recusa
Da maré em querer
Deixar-me, como sou lusa,
Fiquei irritada até morrer.

Não apercebi que ela
Só estava a fazer algo
Natural e não prejudicá-la,
Mas tudo normal no lago.

Depois já me queria
Vir embora e deixar
Na entrada o rochedo da ria,
Para eternamente fechar.

Todavia a maré molhara
As minhas pernas nuas, mas
Tive que cair para ara
Ver e compreender-as.

Então voltei atrás em
Reconhecimento da dor
E por estar a gostar “dem”
Pequena beldade da flor.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

O QUE SERÁ?!

Não sei o que fazer,
Não sei o que pensar,
Nada equilibrado está.

Sei uma coisinha,
Quero amar,
Mas será com ele?!

Atracção e entendimento,
Facto comum, todavia
Será o que será??!

Tenho tantas dúvidas
E incertezas, mas parece
Que o meu coração aumenta a dia.

Só o destino saberá,
Pois ele é o grande
Ditador deste universo.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

MEU AMOR

Olho para ti,
Envolvendo o meu olhar
E nada sei de ti,
Meu amor.

Caminho à tua volta
Admirando-te,
Mas não te conheço,
Meu amor.

Oiço a tua voz
Como um breve zumbido,
Contudo nada é familiar,
Meu amor.

Teus olhos de água
Enchem meu ser,
Todavia não dizem nada,
Meu amor.

Teus melosos lábios
Refrescam a minha sede,
Somente como ar,
Meu amor.

És o meu namorado
Carinhoso e tenro,
Mas não és ninguém,
Meu amor.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A PRAIA II

Sentei-me numa pedra
Admirando o mar,
Sentindo nas pernas a hedra
Palpando a vida do ar.

A brisa ia fazendo cócegas
No meu nu pescoço,
Apertando-o com ligas
Invisíveis, penetráveis no osso.

O sol estava mergulhando
E a água era doutra cor,
Parecendo o céu molhando
As fofas nuvens da flor.

A lua surgia tímida
Na sua doce forma,
Luminando a ida
Dos protegidos, com arma.

De repente oiço uma voz
Vinda do nenhum,
Olho para trás como noz,
E vejo somente gato um.

Pego nele com amor,
Mas não sei nada dele,
Seus olhitos sem dor
Dão-me tudo com ele.

Fico ali à espera
De alguém que não vem,
Meu bichinho tem “fomeca”
Contudo estalei-me no além.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009. Este específico poema tem continuação com os poemas A Praia, A Praia III e A Praia IV.

A PRAIA

Vou andando pela praia
Numa tarde “esplandescente”,
Sem preocupar-me da saia
Molhada na lua crescente.

Observo o mar sem
Preocupações nenhumas,
Não penso absolutamente em
Nada, somente nas dunas.

Ao longe um navio
Aproxima-se da margem,
Queimando o pavio
Que se move na aragem.

No farol, a luz acende
Como uma vela envelhecida,
Fazendo barulho da nascente
Que percorre na sua vida.

Meus pés deixam marcas
Na face da areia, que baila
Com o vento nas arcas
Do destino, sem esquecer do lá.

A água gelada é igual
A mil facas cortantes,
Que pertencentes a “fical”
Permanecem como antes.

Meu rasto vai-se apagando,
E sem ninguém ao pé,
Minha passagem foi andando,
Sem deixar de ser o que é.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009.
Este específico poema tem continuação com os poemas A Praia II, A Praia III e A Praia IV.

AMOR: REALIDADE OU UTOPIA

Uma pequena palavra
Não “expressa” o que
Realmente ela
Se designa.

Será uma coisa,
Ou será outra?!
Questão seriamente
Difícil de achar resposta.

Amor tem somente
Quatro letras, mas
Demonstra a mente
Das dezenas de pessoas.

O ser tem de descobrir
O seu elo com esta
Minúscula prenunciação,
Sem se esquecer do coração.

A existência ao ser
Atribulada, jamais
Lhe escapa o vocábulo
Que lhe dá a vida.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009.

Sentir....

Gota de sangue a deslizar
O corpo frio de goleira,
Desdém do esplendor do fogo
Da descida de aquém....
Duma taça de vinho
Embebecido do suar ralo,
Nunca perdido do saborear
Do paladar místico razão...

Deslizo na água corrente
O finto do ardente
Gelo sem ter luz
Do ninguém saber...
Recipiente da vida
Evidente do gozo,
Marcante do toque
Sentido do coração...

Catherina

Nojento

Raspas da ferradura caliente da brasa
Angústia da destruição do ser,
Que gela ao som do vento e marca
Na pedra rústica a letra do sangue.

Mércula da anciã que foca o nada
Por tudo, e assim, se vai sem
Saber o quê, que se quer
Da alma inquieta do pudor.

Coisa alguma pode ser declarada
Pela escrita vocal que se emerge
Em funda da imensidão vazio
Do olhar sem sentido de aquém....

Repelente da constatação do acém
E escondido na era oculta de sentimentos
Que nada embala a água doce
Do mar fino da montanha vistosa.

Catherina

terça-feira, 5 de maio de 2009

Passing the place

In the deep of the ocean
You are there, with the smile
And I’m with the tears that
You brought to my heart.

You made me the island
Of not happiness, because
The moment had passed....

Every tear that down in my face
Is the love that my heart
Had, and bring to the space
With all pain that the nature have....

Never bring me the pass that you
Have with me, because the flower
Never flowered twice....

Five double five is the number
Of the meaning of the being love,
But the start to be a star of the sky.

Left the place that you don’t have
Because you don’t belong any more
In a place that was yours...... Love!

Catherina

N.B. Just for you!

sábado, 2 de maio de 2009

Madre...

Doce lágrima que arrefece o calor
Do teu colo, que me embala...
Sim que embala nas noites
Sonolentas que perdeste por me ter...

Encostaste-me no teu tórax
Eternas vezes para o sono,
Cólicas se adormecerem
Dentro de mim....

Teu amor só cresceu conforme
A minha altura, mesmo
Não se pode dizer sobre
O tempo que jamais pára.

Porquê só o amor que se dá
Irá se ter quando ser for mãe
Novamente na linha da vida?

Ternuras nunca perdidas,
Somente as palmadas merecidas
Para alguém se tornar correcto.

Tempo...
Horas....
Minutos...
Se passam em mim,
Em ti...

Nada fica, somente
O elo familiar
Que me deste,
Sem eu te pedir....

Quebrar? Jamais!

Catherina

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Senhor do Éden

Relógio do tempo
No ponto da situação,
Sem exclamar o endro
Que baila no coração.

Sem minutos a contar
Divide-se o prazer
De contemplar a vida
Amarga da saudade.

Cada balada anuncia
O fim de tudo
E o começo do nada
Da existência mental.

Relógio do Ser
Mágica sedução
Pode parecer
E não passar de ilusão.

Entre a alegria contida
E a tristeza aberta
Sobra-me a parte escondida
Que essa é certa.

Sou o pensamento
E a noção
O momento
Da tua acção.

Dueto de Catherina e Paulo Afonso

Duetos de almas

Saudade pura
Imaginaria da emoção
Molecular que
Outrora escondida da
Neblina escassa e
Esvoaçante da noite

Procura esperança
Entre lugares e lugarejos
Que confrontam
No paradigma
O amor perfeito.

Via-se o pleno
Obscuro da coruja
Lugar encantado
Trazido pelo ar
Asfriado do tempo

Tempo que parece
Não querer passar
Amizade de um tesouro
Temperado na pirâmide
De um ser divino

Partida longínqua
Arrefecida pelo sol
Redonda da lua
Ardente de paixão

Especial na amizade
Que o tempo e a distância
Não apaga a magia
Que transformam esse
Ombro amigo e belo.

Volta da terra
Areosa, mas penetrante
Lugar de amor
Terreno e cheio de
Esperanças de carinho
Recordado em vós

Compartilhar sentimentos
Felizes ou dolorosos
Expressar pensamentos
Sem medo de julgamentos

Dueto de Catherina e Walter Cintra

Tu no lugar....

Sou a mulher desta existência
Que cresceu na lusa terra...

Foste longe de mim
Perdido para te ver
Nas linhas do tempo.

Ganhando num lenço
As batalhas egípcias da guerra...

Catherina

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Perder... em ti!

Ver o luar da noite
A brilhar no teu olhar
Que me reflecte a doce
Harmonia de sentir
O que sinto por ti...

Vamos embarcar
A noite de luar
Quero te perder em mim
E nunca te deixar....

Jamais deixes a lua
Descer do céu
E se perder no banho
Do sol quente da terra...

Anda comigo descobrir
O elo de nós os dois
Perdido nas brumas
Do eterno amor....

Quero percorrer o caminho
Que nos entorta a mágoa
Da dor, que enche o meu coração
Mas que vais fazer brilhar...

Catherina

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Amor...

Amor, perdido deserto
Da paixão ardente do desejo....
Amor ente e eis excerto
De emoção vindo o eco do Tejo....

Adormeces no meu colo
Repleto de doce na eterna
Frescura do carinho do coração....

Amor.... Amor, plenitude
De sentir a dor do bater
Do ser e nada transforma
Em ti, o vigor da alucinação....

Sentir.... Ir.... Buscar....
Como ter? Se simplesmente
Te tenho aqui! No anseio
Do sabor do teu beijo
Nos lábios terrenos....

Não divisão existe entre nós....
Almas, espíritos gémeos
De união celeste, que fica
Em nós seres apaixonados....

Catherina

13

Treze
Doce... dia
Embala-te
Perdido em ti mesmo.

Voar
Estalar
Romper
Morder
Eis o dia a chegar
Da escada tombada
E do gato preto...

Desgraça nunca requerida
Na amargura do psíquico

Tim tim
Azar doce relento
Do olhar

Nada reverte para
O pesar do solar.

Foi
Acabou
Finalizou

Para o próximo mês
Haverá igual...
Reflectem a tristeza novamente...

Pom...
Treze
És tu
Igual a ti
Somente!

Catherina

É... o que é!

Doce luz da margem ardente
Ardente da alma de luzes...
Rebate o elo perdido
Da terra perdida de si....
Queima o que não se vê
Vê-se quem se fogosa....

Ar... de fôlego
Fogo... de aquecimento
Terra... de espaço

Falta o essêncial
A vida da......

Catherina

sábado, 18 de abril de 2009

Vinho Rosal

Doce de uva adormeceu-te
Empobrecendo a esfera
Do inculto, e numa pintura
Esboçaste um bafejo
Colorido marcando
A união que anseias
Para a floração da rosa....

Catherina

Na Escuridão da Noite

Bate o vento entre as folhas
Como se ilhas elas fossem,
Perdendo a estalagem do rumo e adormecendo
Ao deslumbre do dendo, que enrosca o visitante…

Sons da floresta embalam
O novo bebé e fulminam com doçuras
Àquele ser, outroras pertencente ao lugar…

Mimos encantam a fauna, que buscam
Eternizar a noite e furam pela flora
Na descoberta da tora para o imortalizar…

Aventura desafortunada pela perda
Da luz da lua lerda, que dera posição
Ao sol… Insatisfação seria assim plena…

O visitante não encontra a meiguice
Do seu sonho, mas plenguice seria pensar
Que tinha havido zelar por aquele paraíso…

Assim seria mais uma noite
Em que nada de açoite marcaria
O visitante que iria na comoção
Da escuridão da noite…

Catherina

Re:......noites.......

Sombra
Lugar místico do oculto,
Lugar da fantasia do sonho
Onde se perde o norte
Da utopia....
Vidas de delícia das
... emoções...
Sombra
Perdição da culpa
Que enche um estado
Único de afirmação.
Ontem foi...
A separação de mim próprio
Vendo cada forma
Como um espelho inato
....do sensato humano
....do imaculado leviano.
Sombra
Da escura malícia de dor
Perdida no seu espaço...
Recusando a estima.
Sombra
Atmosfera da noite penumbra
Da ilusão da ternura.
Frágil no ambiente em mim
Que me reparte em pedaços
Que se escondem...
...Do meu ser...
Sombra
Névoa traiçoeira
... me perde...
... me isola...
... me rebate...
Que em vão...
Me faz sombra na noite....

Catherina

P.S. Homenagem ao poema «.....noites.....» de Gothicum

Re: Num novo ano, uma velha dor

Cada momento de passagem,
Vem à baila a dor
Perdida encrostada no coração...

O deslumbre da visão última
Consola a esperança do futuro,
Que está ausente permanentemente.

Nada é certo, senão o teu
Sentimento que marca a divisão
Do ano velho para o novo.

Aqui fica o belo enferrujado
Que estremece pelas tuas veias,
Bombeando a saudade dela.....

Catherina

P.S. Homenagem ao poema «Num novo ano, uma velha dor» de Giraldoff

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Colimar

O que importa é o que se passa na vida
Mas você se esquece da própria vida
E o que será ela mesma??

O que importa não é o que você tem na vida
mas quem você tem na vida...
o hoje, o amanhã, o nunca!!!

O que importa é a palavra que está sempre lá
Mas você não a ouve mesmo no paraíso
E tudo passa como o vento....

O que importa não é o que você deixou para traz
mas quem você deixou para traz...
o amor, a desilusão, o dia seguinte!!!

O que importa é sentir o conforto
Mas você desconhece quem o ajuda
E não à volta a dar a quem não quer!!!

O que importa não é que você buscou,
mas quem você buscou...
a alegria, a conquista, a eternidade!!!

O que importa é o nosso caminho
Mas você não procura o trilho
Do Nosso Senhor, seja ele qualquer......

Dueto de Catherina e Walter Cintra

P.S. Atenção, este poema é escrito em português do Brasil e de Portugal, de acordo com os poetas.
Nada é alterado da percepção de cada poeta.

sábado, 11 de abril de 2009

Dream

Pedro, Pedrito
Emoção na flor
Do coração a
Rodar na busca
Oculta do amor....

Não percas a esperança
Que te baila a vida
Crua e nua de eco...
O doce sabor está
Em ti que desesperas ter,
Mas escondido do teu olhar
Que não te acalma na busca....

Catherina

Para ti....

Breves sopros de vida
De imensa paixão de sangue
Ardente que me deste sem saber...

Desculpa por não te querer,
Algo confuso dentro de mim
Impede de sonhar o mar...

Não quero que me esqueças
Com amargura de dor,
E sim dar a Deus o guião
Dos nossos caminhos...

Observo que serei uma folha
Para ti, da tua vida...
Perdoa-me por esta mágoa
Por não lutar pela felicidade...

Catherina

Vinte e um.....

Um dia de nascer
Numa tarde solerenta
Acabada de mergulhar
Na cristalina água.

Assim se constata
A dureza da realidade
Feita de armadura hastata,
Sem ter a doce vivacidade.

Dia novo de compaixão
Anunciado por um abanão
Duradoiro por uma crença,
Que iria ser guerra tença.

Momento solene de alma
Anunciada estima de espírito,
Sem atrito de estremo imperito,
Mas capaz rito de formosa palma.

Adormece a lua
Enevoada pelas estrelas
Cintilantes e eis que termina
O dia da floresta escrita……

Catherina

sábado, 4 de abril de 2009

Regra

Regras musas da
Estrada estendida da
Pluma da margem
Do elo perdido.

Eis a causa
De tanta admiração
E rompe a estátua
De pedra envolvente.

Nada é complemento
Da união obscura
Da certeza da alma…

Vem cá dura
Ambição de estalar
A vida cósmica
De nada entender…

Catherina

P.S. poema inserido no livro Maço de Poemas: WAF 2008 (20 poemas de 20 poetas)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Conjectura

Meu Amor, porquê o amor te invade
Na pleura da contingência do meu bater?

Busco por ti nas outras pessoas,
Nada espelha a tua áurea de sentir....

Recolho a um canto de escuridão
Dão-me a certeza de ser inútil
Sem partir a moeda de comunicação.

Carácter aonde ir??
Em mim? Em ti? Nos filhos
Que não aparecem.....

Falha.... que me envolve no silêncio
Que me ofusca a luz do meu caminho...
Sim meu! Porque não o queres tu....
Nem individualidade consegue percorrer
O passeio que me destino andar....

Catherina

domingo, 29 de março de 2009

Norreno

Supremo esplendor de cosmos
Implante o caminho do elo
Da trauma da ciência,
Que espelha a séria
História do inexistente belo
Que marca a vida dos humanos....

Arte sanguínea é um momento plasmo...

Conhecimento, alma de quem debate....

Enigma da serpente terrena...

Encanto do ser dócil....

Universo sem deixar de luzir...

Inspiração do ar que se inala...

Escrituração das linhas quimeras...

Runas, iniciais do princípio mapa...

Lavoura para saciar o corpo...

Finado para se descansar do mundo...

Oriundo da pátria
Desejado por todos
Idolatrado
Na sua nação.

Catherina

quinta-feira, 26 de março de 2009

"Poema em inglês"

Why you can’t do
Ordinary things in
Real world?
Learn to listen
Deep in your heart!

And forget everything
Recorded in the mind
Translating the soul.

Find you in the place
Replete of friends,
Imagination in your pen
End the situation of
Nothing to do and start
Doing the letters
Still eternity……

Catherina

quarta-feira, 25 de março de 2009

Beijo

Fujo de ti, com a ternura
Atormentada que me consome
Em não te deixar tocar
Nos meus lábios aos teus...

Fuga encantada pelo clima
De jogo e mistério, onde
Se encontra os nossos corações
Perdidos na bebida da paixão...

Olhar é somente a doçura
Do nosso calor, que jamais
É alcançado por um
Singelo e comprovador beijo...

Agarras-me com alma
E com vigor roubas-me
O meu afecto pelo límpido
Sentimento do nosso beijo!

Catherina

segunda-feira, 23 de março de 2009

…Dança dos opostos…

Dia de lua cheia de alma
Perdida na sombra
Duma paixão que
Desnuda o corpo….

Esmaga a mágoa de existir
…provocando a demência…o cair!
Ferido no ventre oh! Clemente devir
Que rasgas o poder da eloquência!

Alma que se fica
Na sombra dum beijo
Quimera somente duma palavra
E corpo se une a ti…

Parindo as dores de outrora
Aquelas que não partiram no tempo devido
Saboreio os credos, repudio os amores
(nas sombras, nos dialectos mudos)
Alma negra saboreia esse teu rito! E chora

Beijo…
Palavra…
Tu?

Esmago o morfema
…a ilusão do agora!
Visto, andrajo-me oh! Dilema…
Deste nada sentir, nesta maldita hora.

Não fica na tua áurea
Que se atrave
A permanecer
Em mim!

Não ficam as mãos, o corpo, nem a alma
…desprezo os resto, impuros vegetativos
Nem o tempo dá a alegria…a calma!
Neste inferno, nesta cruz…
… que corrói os pensamentos lascivos
…pensamentos opostos da vida…

Dueto de Gothicum e Catherina

blog do Gothicum - http://gothicum.blogspot.com

sábado, 21 de março de 2009

Sofisma

Sou hoje a verdade e a mentira que havia deixado
nas fotos envelhecida em cima da prateleira sem abrigo,
sou o ontem,
sou o amanhã vazio,
minha voz silenciada pelo coração partido...

Sou outrora a herdade do ser que foi partilhado
Nas pitorescas lembranças apagadas no rio,
Sou o hoje,
Sou o infinito perdido,
Em que sinto deveras musical dividido...

Sou a fidelidade desse amor que deixa mensagens
doentias espalhadas por ai,
sem raça, às vezes sem graça,
às vezes chato,
confessando a si mesmo que o amor
que sinto não tem pressa,
mas sofre com toda fúria que você sabia...

Sou a marca do sentimento deixado no mundo
Doente que não se cura a si,
Sem sentido, dose sem sorriso,
Dose aborrecido,
Orando à Luz o interior
Que invade o elo do liso,
Mas rasgando as vestes do dia....

Sou um pedaço da raiva e do carinho,
do sorriso que transformei em hino,
do caminho que sobrou dos encontros perdidos
no silêncio da casa de olhar triste
mas cheio de amor...

Sou mescla do meu próprio caminho,
Do passo que me encaminhei sozinho,
Do passado perdido nas entraves sonhadas
No passeio à margem de ser
Mas simplesmente apaixonado....

Sou aquela dor que no coração se expande
e com sorriso apaixonado sonha os melhores momentos,
as tempestades banhadas sem pressa,
o sofisma de um eterno sonhador
que só o amor da amada interessa...

Sou eu, que se apresenta em sonho
E atravessa o oceano para buscar,
As quimeras de um beijo,
O dolo de não o ter
Que só obter, reside o eixo....

Sou o namoro proibido,
o sorriso envelhecido em tonel sem abrigo,
o Adão sem sua maça,
a vontade sem barulho,
a promessa sem poesia,
por um dia melhor
esqueço que não importo a frase de efeito
que não foi dita nas profundezas do mundo...

Sou a paixão terrena,
A terna sensação de ser írene,
A união de não o ser,
A fogoça de sentir,
O dito em escrita,
Por algo sumido
Reflicto o momento de rotura
Que não se parte num simples instante....

Sou a música que toca na vitrola,
o cheiro forte de saudade onde
conto a farsa de uma vida silenciada
nas preces mal resolvida,
da saudade que ficou em uma
opinião silenciada em sua fala de fim de semana....

Sou o espelho que te vês,
O solar que te aquece
E onde fica a tua pele fria
Nas linhas do horizonte,
Da perdição de um olhar
Devoto de uma palavra oculta....

Sou a lágrima irmã de um Francisco de Assis
que não levou consigo o rosto
jovem da amada Clara de Assis,
o apaixonado que finge não se importar
com o que é dito nos olhos doente
de um cometa que segue sem rumo...

Sou o nada de uma dor
Que aparenta ser amor
Jovem que batalha assim,
Num acto de compaixão
Com o intuíto de vencer, mas
De um louco que tudo tem....

Sou um eterno apaixonado
que pendurado no nosso amor
espera no ultimo recado
à resposta que interessa
o sim que tanto busca
o encontro fatal do dia seguinte
à eternidade caçada
na mulher inundada de sentimento
por mim....

Sou a alma da água bebida
Que te embebedas com ardor
Espera por mim ferida
À porta do meu coração
O não chegou para nós
Envolvido no teu lenço de seda
Entregue por somente ti
Na minha fruta paixão,
Por um segundo....

Dueto: Catherina e Walter Cintra (brasiliadf)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Re: Dois Sonetos Brancos de Paulo Monteiro

Passo do universo de gentalha
Sem se deixar de se ver,
Pormenores ocultos dos estatutos
Que me embriagam dos seus estados.

Malfeitos de carácter, senhores
De boa gravata suavizam odores
Do nada ser e eis que comportam-se
Como pavões de seda soberba.

Suas veias não disfarçam o ente
Do fado que percorrem centenários
Das perdas do velho restelo.

Memória escaldada nos plumados
Marcantes dos altivos efémeros
De coisa alguma feita.

Catherina

P.S. Homenagem ao Paulo Monteiro ao seu poema «Canalhas»

quinta-feira, 19 de março de 2009

Re: Quase Cavalheiro Procura Senhorita

És tu, ó cavaleiro terreno
Que sem século algum
Prenuncia a exposição
Do seu pobre coração??

Por quem procuras
Nestas linhas ardis
Senão a donzela
Que te acalme o coração!?

Sabes pois, como ela é
No seu embalo de ser…
Somente desconheces
O seu rosto desenhado…

Quem será? Tu, ela….
Ninguém te responderá com
A verdade dum beijo
Que somente estremece
Num olhar da certeza
Dum breve sentimento.

Busca esse beijo
Na oculta noite, pois
É no brilho da lua
Que mostrará a tua donzela.

Catherina

P.S. Homenagem ao Giraldoff

quarta-feira, 18 de março de 2009

Desert's Flower

The wind blow
Strongly that
The little stones
Dancing between them.

The vision shows
Only mountains
Of absolutely nothing.

In a piece of
That hot fire,
One seed is
Growing up.

That place don’t
Have conditions
For her survive
But she wants to live.

She gets what she
Needs to be fragile,
In the deep of
The heart of love.

The time pass
And she is being
A beautiful thing.
Therefore that
All that atmosphere
Try everyday to
Finish with her.

At the end
The important thing
Is that she becomes
A simple flower
And her future
Is being in
The sun desert.

Catherina

segunda-feira, 16 de março de 2009

Carimbo do Destino

Melancolia de uma dor que começa
dentro do coração...
pobre peito dolorido
que espera a parada de um cardiograma
para ser enterrado na morada eterna
do agora e do pra sempre.

Mágoa sentida em ti
Na tua perdição de me ter....
Sem o deixar de negar
O sentimento que o teu coração
Bate por mim, deveras arrepiante
De saber que é em cada segundo.

Um paraíso em passos largos
que o mundo faz dançar
dentro de lagrimas impostas
por uma mentira destruidora
de noites inteiras...

Teu sorriso transforma o belo
Do negro pressentimento
Que tudo é uma simples dúvida
E que pode contar com a mistura
De uma pena de mágoa da vida....

Maçante é a busca de uma verdade
ofendida no dilacerar de uma
comunicação off line.

Presença imaculada sem
Ti perdida na imensidão
Duma breve indagação.

A noite, chuvas e chuviscos mostram
a importância da lua em volta de estrelas
apagadas em um interruptor carnal
que faz morrer de dor... de amor
toda a sensação de um dia
ter sido feliz!!!

O dia, luzes que nos aquecem
O corpo, deixando o sol sendo
Mestre de peregrinação duma sensação
Que nos une e desune num piscar
De toque.... Sabendo que teve
O nosso doce fado!!!

Dueto de Catherina e Walter Cintra (Brasiliadf)

domingo, 15 de março de 2009

Acordo Ortográfico

Apesar de pensar que a língua deve evoluir, também penso que deve ser com o seu tempo e circunstâncias. Assim sendo, não sou a favor da aplicação do Acordo Ortográfico.
Por isso, continuarei a escrever o português que conheço. E aperfeiçoar-me nas minhas falhas para alcançar o português correcto.

Todos que comentarem aqui devem escrever com o português de Portugal ou com o português de outro país dos Palop.
Quem estiver a favor com o acordo..... Por favor, tenha cuidado com certas regras, pois posso não entender a escrita. :-)

Catherina