quarta-feira, 20 de maio de 2009

Símbolo

Doce nascimento de linha sanguínea
Sem deixar a marca do braço marcante
Da areia que se planta no pedestal.

Séculos e secular anterior revive
Almas pedintes do desejado sonho
Esquecido no mapa do pensamento.

Clamar “victória” do esplendor
Que é negado a sua presença
Nas ternuras planícies do planalto.

Mar mareado por sua vontade
Sossega no fundo do mar,
Deixando as gentes se dominarem....

Catherina

sábado, 16 de maio de 2009

Volta e retorno

Palavras de uma ditadura
Que embala na embarca
Do lume das frases.... de pedra

Relance de esquema de
Deixar a mente confusa
Da tarde da alma....

Ama a lama
Da alma que lança
A dama perdida onça...

Estratégia planeada
Com o sol raiado
De se ter....

Quente da vontade recuperada
Do interior penetrante que
Fica imóvel na corrente....

Catherina

segunda-feira, 11 de maio de 2009

EM FRENTE QUE É O CAMINHO

A vida é algo
Doce como o vinho
E amago como
O doce envenenado.

Não entornes a maçã,
Que rola pela estrada
Directamente, para a
Ponta da dita morada.

Ouve a voz da razão
E não olhes para o pavão.
Senão estragas tudo
O que jamais quiseste.

Caminha em frente
Observando o passado,
Sonhando com o futuro
E preservando o presente.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

PORTO À VISTA

Num mar de incertezas,
A vista de terra
É um paraíso
Caidinho do céu.

Mas mesmo assim,
O mar cheio de perigos
Atormenta a frágil
Embarcação à deriva.

Em pequenos precalços
Vai avançando
Com pezinhos de lã
Com medo de franja.

Contudo se chegar
À margem, poderá
Ter a ilusão
Da boa miragem.

Então o bom, seguro
Porto não passará
De uma mágoa
Que o mar transporta.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho em 2009

LÁGRIMA DE CHUVA

Uma lágrima a escorrer
Duma face lisinha
É igual a uma
Gota da chuva
A deslizar duma janela.

Ambas são iguais,
Mas tão diferentes,
Pois o seu conteúdo
Consiste em algo.

A fonte indirectamente
É a mesma, se
Pensar na natureza.

Elas rolam para o chão,
Quando a nascente
Abre as comportas.

Catherina




N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

ARAGEM

Brisa “afogante”,
Delicada conversa,
Gaguejando no
Meu pescoço.

Penetração na pele,
Invisível sem se ver.

As tuas músicas
Diferentes me encantam,
O sossego se estala,
E por fim a paz se isola.

Eternamente deliciosa
Apareces no bom momento,
Reponsando no coração
Desejando descansar.

Paragem perfeita,
Todavia incapaz de ficar,
Somente no tacto
E na breve respiração.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

A DESILUSÃO

Estava a ler uma folha
E apercebi-me
Que tinha saltado a rolha,
No mesmo momento
O véu caíu-me.

Paixão e Amor
São tão destintos,
Que a minha dor
Se tornou em vinhos tintos.

O que descobri
Nada vale a pena,
Pois o meu lago está cheio
Das minhas tristezas
E da minha dor.

Será que confundi
Dois sentimentos
Que nada têm a ver?
Pensava que ter
Era o mesmo que sonhar,
Por fim, fui apanhar
A minha amarga ilusão.

No início poderá
Ter sido forte,
Contudo o tempo passará
E a imaginação ficará.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

AMA-ME AMOR!

Eu quero te amar
Até ao fim de tudo,
Sem me atrever pensar
Viver sem ti, adorado.

Cada dia que passa,
O meu amor vai aumentando
E sem saber, já sou tua,
Todavia não me interpretes mal.

Começo a sentir lua
Para te admirar,
Mas com medo de te perder
Com o dia a nascer.

Sê meu amor para sempre
Não quero te perder,
Pois sem saber, já
Estou apaixonada por ti.

Meu amor, volta para junto de
Mim, sem olhares para ninguém.
E ama-me como me dizes,
Com as tuas doces palavras.

Ama-me, só te peço
Isto, pois o meu coração
Já é teu, mas com receios.
Ama-me e deixa-me
Amar-te, meu amor.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

BATALHA MAREAL

Fui a uma nova praia
Deslumbrar a sua imensidão,
No princípio até a saia
Bailava ao som do cordão.

Mas depois verifiquei a recusa
Da maré em querer
Deixar-me, como sou lusa,
Fiquei irritada até morrer.

Não apercebi que ela
Só estava a fazer algo
Natural e não prejudicá-la,
Mas tudo normal no lago.

Depois já me queria
Vir embora e deixar
Na entrada o rochedo da ria,
Para eternamente fechar.

Todavia a maré molhara
As minhas pernas nuas, mas
Tive que cair para ara
Ver e compreender-as.

Então voltei atrás em
Reconhecimento da dor
E por estar a gostar “dem”
Pequena beldade da flor.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

O QUE SERÁ?!

Não sei o que fazer,
Não sei o que pensar,
Nada equilibrado está.

Sei uma coisinha,
Quero amar,
Mas será com ele?!

Atracção e entendimento,
Facto comum, todavia
Será o que será??!

Tenho tantas dúvidas
E incertezas, mas parece
Que o meu coração aumenta a dia.

Só o destino saberá,
Pois ele é o grande
Ditador deste universo.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

MEU AMOR

Olho para ti,
Envolvendo o meu olhar
E nada sei de ti,
Meu amor.

Caminho à tua volta
Admirando-te,
Mas não te conheço,
Meu amor.

Oiço a tua voz
Como um breve zumbido,
Contudo nada é familiar,
Meu amor.

Teus olhos de água
Enchem meu ser,
Todavia não dizem nada,
Meu amor.

Teus melosos lábios
Refrescam a minha sede,
Somente como ar,
Meu amor.

És o meu namorado
Carinhoso e tenro,
Mas não és ninguém,
Meu amor.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A PRAIA II

Sentei-me numa pedra
Admirando o mar,
Sentindo nas pernas a hedra
Palpando a vida do ar.

A brisa ia fazendo cócegas
No meu nu pescoço,
Apertando-o com ligas
Invisíveis, penetráveis no osso.

O sol estava mergulhando
E a água era doutra cor,
Parecendo o céu molhando
As fofas nuvens da flor.

A lua surgia tímida
Na sua doce forma,
Luminando a ida
Dos protegidos, com arma.

De repente oiço uma voz
Vinda do nenhum,
Olho para trás como noz,
E vejo somente gato um.

Pego nele com amor,
Mas não sei nada dele,
Seus olhitos sem dor
Dão-me tudo com ele.

Fico ali à espera
De alguém que não vem,
Meu bichinho tem “fomeca”
Contudo estalei-me no além.

Catherina


N.B. Poema pertencente ao Livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009. Este específico poema tem continuação com os poemas A Praia, A Praia III e A Praia IV.

A PRAIA

Vou andando pela praia
Numa tarde “esplandescente”,
Sem preocupar-me da saia
Molhada na lua crescente.

Observo o mar sem
Preocupações nenhumas,
Não penso absolutamente em
Nada, somente nas dunas.

Ao longe um navio
Aproxima-se da margem,
Queimando o pavio
Que se move na aragem.

No farol, a luz acende
Como uma vela envelhecida,
Fazendo barulho da nascente
Que percorre na sua vida.

Meus pés deixam marcas
Na face da areia, que baila
Com o vento nas arcas
Do destino, sem esquecer do lá.

A água gelada é igual
A mil facas cortantes,
Que pertencentes a “fical”
Permanecem como antes.

Meu rasto vai-se apagando,
E sem ninguém ao pé,
Minha passagem foi andando,
Sem deixar de ser o que é.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009.
Este específico poema tem continuação com os poemas A Praia II, A Praia III e A Praia IV.

AMOR: REALIDADE OU UTOPIA

Uma pequena palavra
Não “expressa” o que
Realmente ela
Se designa.

Será uma coisa,
Ou será outra?!
Questão seriamente
Difícil de achar resposta.

Amor tem somente
Quatro letras, mas
Demonstra a mente
Das dezenas de pessoas.

O ser tem de descobrir
O seu elo com esta
Minúscula prenunciação,
Sem se esquecer do coração.

A existência ao ser
Atribulada, jamais
Lhe escapa o vocábulo
Que lhe dá a vida.

Catherina

N.B. Poema pertencente ao livro Amores e (de)sabores a ser publicado em Maio/Junho de 2009.

Sentir....

Gota de sangue a deslizar
O corpo frio de goleira,
Desdém do esplendor do fogo
Da descida de aquém....
Duma taça de vinho
Embebecido do suar ralo,
Nunca perdido do saborear
Do paladar místico razão...

Deslizo na água corrente
O finto do ardente
Gelo sem ter luz
Do ninguém saber...
Recipiente da vida
Evidente do gozo,
Marcante do toque
Sentido do coração...

Catherina

Nojento

Raspas da ferradura caliente da brasa
Angústia da destruição do ser,
Que gela ao som do vento e marca
Na pedra rústica a letra do sangue.

Mércula da anciã que foca o nada
Por tudo, e assim, se vai sem
Saber o quê, que se quer
Da alma inquieta do pudor.

Coisa alguma pode ser declarada
Pela escrita vocal que se emerge
Em funda da imensidão vazio
Do olhar sem sentido de aquém....

Repelente da constatação do acém
E escondido na era oculta de sentimentos
Que nada embala a água doce
Do mar fino da montanha vistosa.

Catherina

terça-feira, 5 de maio de 2009

Passing the place

In the deep of the ocean
You are there, with the smile
And I’m with the tears that
You brought to my heart.

You made me the island
Of not happiness, because
The moment had passed....

Every tear that down in my face
Is the love that my heart
Had, and bring to the space
With all pain that the nature have....

Never bring me the pass that you
Have with me, because the flower
Never flowered twice....

Five double five is the number
Of the meaning of the being love,
But the start to be a star of the sky.

Left the place that you don’t have
Because you don’t belong any more
In a place that was yours...... Love!

Catherina

N.B. Just for you!

sábado, 2 de maio de 2009

Madre...

Doce lágrima que arrefece o calor
Do teu colo, que me embala...
Sim que embala nas noites
Sonolentas que perdeste por me ter...

Encostaste-me no teu tórax
Eternas vezes para o sono,
Cólicas se adormecerem
Dentro de mim....

Teu amor só cresceu conforme
A minha altura, mesmo
Não se pode dizer sobre
O tempo que jamais pára.

Porquê só o amor que se dá
Irá se ter quando ser for mãe
Novamente na linha da vida?

Ternuras nunca perdidas,
Somente as palmadas merecidas
Para alguém se tornar correcto.

Tempo...
Horas....
Minutos...
Se passam em mim,
Em ti...

Nada fica, somente
O elo familiar
Que me deste,
Sem eu te pedir....

Quebrar? Jamais!

Catherina

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Senhor do Éden

Relógio do tempo
No ponto da situação,
Sem exclamar o endro
Que baila no coração.

Sem minutos a contar
Divide-se o prazer
De contemplar a vida
Amarga da saudade.

Cada balada anuncia
O fim de tudo
E o começo do nada
Da existência mental.

Relógio do Ser
Mágica sedução
Pode parecer
E não passar de ilusão.

Entre a alegria contida
E a tristeza aberta
Sobra-me a parte escondida
Que essa é certa.

Sou o pensamento
E a noção
O momento
Da tua acção.

Dueto de Catherina e Paulo Afonso

Duetos de almas

Saudade pura
Imaginaria da emoção
Molecular que
Outrora escondida da
Neblina escassa e
Esvoaçante da noite

Procura esperança
Entre lugares e lugarejos
Que confrontam
No paradigma
O amor perfeito.

Via-se o pleno
Obscuro da coruja
Lugar encantado
Trazido pelo ar
Asfriado do tempo

Tempo que parece
Não querer passar
Amizade de um tesouro
Temperado na pirâmide
De um ser divino

Partida longínqua
Arrefecida pelo sol
Redonda da lua
Ardente de paixão

Especial na amizade
Que o tempo e a distância
Não apaga a magia
Que transformam esse
Ombro amigo e belo.

Volta da terra
Areosa, mas penetrante
Lugar de amor
Terreno e cheio de
Esperanças de carinho
Recordado em vós

Compartilhar sentimentos
Felizes ou dolorosos
Expressar pensamentos
Sem medo de julgamentos

Dueto de Catherina e Walter Cintra

Tu no lugar....

Sou a mulher desta existência
Que cresceu na lusa terra...

Foste longe de mim
Perdido para te ver
Nas linhas do tempo.

Ganhando num lenço
As batalhas egípcias da guerra...

Catherina