quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ter não tendo...

Sem ti nada tenho...
Sem estas letras que se devora
Com o tempo que percorre
Em mim... Nada tenho....

Nasce a magia que constrói
Pequenas pedras do caminho
Com a conjunção das letras
Em palavras e delas frases...

Assim o tempo voa,
Sem ter voado...
Porque nunca o perdi,
Nem tão pouco o requeri
Para ser meu soldado base...

Volta ao início do fim..
O que se passou foi
A beleza dum sentimento
Que o tempo nada pode fazer
Porque sem ti, nada fiz...

Catherina

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sem paixão....

Paixão é uma vela
Que queima na frontal
Luz do sentimento bela
Inútil de ser o essencial...

Compromisso igualado
Do coração será dano
Na falta de dor magoado
A quem amamos no gano...

Catherina


N.B. Poema feito em concordância de alma do poema

«O amor não se revela
No dia tantos de tal,
Ou nesta prenda, ou naquela
Transacção comercial!

Deixando as prendas de lado
Desfaçamos o engano:
São dias do namorado
Todos os dias do ano.»


Do Colega "Ebarros" (TOC) na Comunidade TOC
Link

Silêncio Discreto...

Quero te dizer tanta coisa...
Saber de onde estás,
E donde vou...

Não me percas a alma,
Que estremece no vento...

Perco em ti no encontro
Das palavras....
Meu silêncio pede ajuda...
Que minha boca não diz.

A tua doçura me acalma
Na inocência do coração...

Catherina

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Enamorar...

Lágrimas que consolam
um coração amargurado
despedaçado pela dor das incertezas
vividas no dia a dia
de uma sublime paixão
nem sempre correspondida.

Correspondida nem sempre
Se perfaz duma paixão.
Certamente no dia-a-dia
É construído um castelo
De sentimentos e sem dúvidas
Que os corações batem juntamente,
E nenhuma lágrima derramada...

Música urbana de uma nota só
que rima com a dor
de uma cruz, de um crucificado,
sonoro na lamentações de um sax desafianado

Desafinar a vida, não é uma cruz...
Como muitos pensam das lamentações
Que sofrem, mas a rima da vida
Tem dor, e a beldade do sentir paixão
Numa nota sentida no coração...

Poema transubstanciado em um momento
de aflição, onde as lágrimas de sangue
que brotam de uma Maria lançada
a graça de um salvador
que muitas vezes parece
não salvar ninguém.

Ninguém se salva pela vontade
Única do outro, tem que querer
A graça de servir o amor que nos
Lança no perfume duma flor.
Que nada tem de sangue e lágrimas,
Nem desespero de sentir o amor
Descrito num breve poema da vida...

Ternura no momento do aceito
levantado na esperança do sim
quase perfeito, purificado nas estações
que parte rumo ao sono eterno
de um amor enlouquecido e totalmente utopico,
que parece nunca ter fim...

Fim não existe no amor enlouquecido
De paixão nas entranhas da utopia...
Nem é sonho, mas a realidade perfeita
Das quatro estações da natureza...
Só o sim pode prenunciar a comunhão
Da expressão da ternura momentaneamente...

Amar é tão fácil...
É só deixar o coração bater...

Dueto de Walter e Catherina

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Um sonho a dois...

Estás ao meu lado, mas
No segundo seguinte...
Distante do meu corpo
Que arde por te sentir...

Um beijo seca a minha sede
De sentir os deliciosos lábios teus...

Um abraço me esquenta
Numa noite que me gela...

Toco-te, tu me tocas...
E cada sensação táctil
Deixa marcas de relevo,
Onde podes nascer em mim...

Um sussurro de vento
Da tua boca, que sai arrepios...

Uma mordida...
Que estremece nós dois...

Desejo-te...
Com pequenos gestos...
Me encantas...
E transformas-me de quem
Sou realmente...
Grrrrr.....

Catherina

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A voz do afecto

Adormeço na rotina do trabalho
Sem deixar o meu elmo perdido
Na incerteza do eterno costilho,
E ser onda do ser absolvido...

Na inocência surgiu a donzela
E ser de individualidade inexplicável...
Ador sem mostrar o íntimo aplicável
Sem quimera estravagente cínzela...

Vagueio pelos minutos, sempre
Há espera da paragem neutra
Que me enche o coração de ipre,
Pelo cepticismo do carinho adastra...

Que me incomoda é a aproximidade dela,
Pelo cepa do meu ser, que ninguém vê...
Vaguejar em alguém não é meu intento cutiliquê,
Há espadim que não compra o sentir alahela...

No atendimento do telefone...
Aparece a voz tenra desconhecida,
Da visão, mas jamais do ionone
Do amor, que vincou na pedra lépida...

Da vil hora do ofício, aparecia o ímpio
Do amábil ânimo de a ter comigo,
No atempar dos encargos papéis do abrigo
Aparatoso, esquecido pela voz do acárpio...

Galante o rapace que me tirou
A razão de viver para colocar
A descoberta da pequena grou
Que bule no ser humano no arrepiar...

A desenlevar foi perdida na sua procura
Que me encontrou, admirando a singeleza
Galã, e sentindo perplexo no olhar ardileza...
A razia do sentir foi o conjunto uno na altura...

Catherina

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Amor Profundo

Perdido, mas acolhedor
É o lugar que me encanta
Com belezas irreais,
Mas subjulgadas no meu olhar...

A voz entoa naquele
Ser, de amplitude neutra.
Só sinto as delicadas
Peças que me envolvem
Com a pureza fauna...

Redijo, apago, releio,
Nada descreve o meu paraíso.
Só mesmo quando nado
Ao seu encontro e perco
O meu coração no meu canto...

Catherina

N.B. Dedicado ao Luís