sábado, 6 de fevereiro de 2010

A voz do afecto

Adormeço na rotina do trabalho
Sem deixar o meu elmo perdido
Na incerteza do eterno costilho,
E ser onda do ser absolvido...

Na inocência surgiu a donzela
E ser de individualidade inexplicável...
Ador sem mostrar o íntimo aplicável
Sem quimera estravagente cínzela...

Vagueio pelos minutos, sempre
Há espera da paragem neutra
Que me enche o coração de ipre,
Pelo cepticismo do carinho adastra...

Que me incomoda é a aproximidade dela,
Pelo cepa do meu ser, que ninguém vê...
Vaguejar em alguém não é meu intento cutiliquê,
Há espadim que não compra o sentir alahela...

No atendimento do telefone...
Aparece a voz tenra desconhecida,
Da visão, mas jamais do ionone
Do amor, que vincou na pedra lépida...

Da vil hora do ofício, aparecia o ímpio
Do amábil ânimo de a ter comigo,
No atempar dos encargos papéis do abrigo
Aparatoso, esquecido pela voz do acárpio...

Galante o rapace que me tirou
A razão de viver para colocar
A descoberta da pequena grou
Que bule no ser humano no arrepiar...

A desenlevar foi perdida na sua procura
Que me encontrou, admirando a singeleza
Galã, e sentindo perplexo no olhar ardileza...
A razia do sentir foi o conjunto uno na altura...

Catherina

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